quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Creepypasta - O cientista

"Aos 23 anos,terminei a faculdade de arquitetura e conheci Karen,minha esposa.Aos 27 tivemos nosso primeiro filho,decidimos ir para uma casa maior.Com 33 anos virei dono de uma empresa de arquitetura.Aos 35,descobri que vou ser pai de novo.Karen iria ter o filho ontem,eu estava com ela e adormeci na poltrona do hospital.E quando acordei,estava dentro dessa sala acolchoada.Gritei por horas por alguém,mas ninguém apareceu.Agora não passo de um homem de roupas brancas encolhido no canto da parede.Mas que diabos é isso?" Algum tempo depois um senhor com roupas de cientista entra na sala.Ele fecha a porta e olha para Peter. -Como é o seu nome? - Peter então o olha e se levanta. -Me chamo Peter.Onde estou? O cientista então dá um suspiro de reprovação enquanto limpa o óculos no coturno.Depois que ele põe os óculos torna a falar. -Você se chama BotMecha.N° de série:001-0. -O quê? -Peter não fazia a mínima ideia do que aquele cara havia falado. -Você não é humano "Peter".Você é um robô.Uma máquina. Peter apenas o olhava."Aquele velho era louco ou o quê?" -O que você quer de mim?Como eu vim parar aqui?Onde está minha esposa? -Você nunca saiu daqui Peter.Você foi construído aqui.Sua esposa não existe.Ela é só uma ilusão. Peter se altera. -Cala a boca!Seu louco,o que acha que eu sou!?Um idiota pra dar ouvidos a você? O semblante do cientista não se altera. -Essa atitude já era esperada.Você foi criado para isso.Para acreditar que é um humano. Peter percebe que se alterar não vai ajudar em nada. -Tá,tá certo.Me explique então. O cientista sabe que explicar não ajudaria em nada.Mas ele aceita falar. -Você foi criado há dois anos.É o produto de anos de estudo.Nosso intuito era criar um robô tão perfeito,que ele mesmo achasse que era um humano.Criamos sensores e mecanismos semelhantes ao sistema nervoso.Conseguimos criar projetores de pensamentos e emoções.Nós queremos colocar vocês na sociedade,mas podia ser perigoso.Então criamos um realidade virtual.Uma matrix.E foi isso que aconteceu com você. Peter o olhava incrédulo.Aquele velho achava mesmo que ele acreditaria em algo tão fantasioso? -E o que vão fazer se eu não acreditar em vocês?Me reprogramar? -Peter fala em um tom de ironia. -Não,vocês não são reprogramáveis,assim como os humanos. -Onde está minha esposa? -Ela não existe Peter.Foi só uma ilusão. Peter então acerta um soco na boca do cientista e sai correndo pelos corredores.O cientista grita atrás,pedindo pra ele parar e com alguns guardas armados.Peter começa a subir as escadas daquele lugar e vai parar no terraço.Estava uma ventania muito forte,e para sua surpresa,o prédio ficava numa pequena ilha rochosa,à beira de um precipício onde as ondas batiam violentamente nas rochas.O cientista e os guardas chegam e Peter vai pra ponta do prédio. -Venha conosco Peter.Iremos provar a você. -Maldito!Quem você pens que é pra fazer isso comigo? -Eu sou seu criador Peter.Venha,foi tudo uma ilusão.Sua faculdade,seus pais,sua empresa,mulher e filhos,nada disso é real. -Para de falar merda!Me tire daqui!Você não sabe do que sou capaz! -Nada do que você sente é real Peter.Amor,ódio,tristeza,frustração,dúvida.Família,amigos,diversão.Nada disso existiu.Esses pensamentos nós que te demos.Não ganhamos nada mentindo pra você. Peter o olha,com um olhar vago. O cientista se aproxima."Quem sabe ele tenha ouvido minhas palavras.Talvez agora ele ouviu meus argumentos.Céus,ele tem que acreditar que é um robô." "Eu não posso acreditar nesse velho louco.Tudo o que ele diz é tão fantasioso.Que droga é essa?Acha que eu vou acreditar naquela história?Minha esposa é real,meus filhos são reais,minha vida,meus amigos,todos são reais.Eu vivi tudo.E agora tinha um cara dizendo que nada daquilo foi real.Que nada existiu.E que eu não sou humano,nada em mim é real.Mas eu sei que é real,eu sou real.Eu existo...mas,eu...vou acabar com essa dúvida agora." Peter então dá alguns passos para trás,pisando no vazio e caindo em direção as pedras.E antes que seu corpo jorrasse sangue,ou fluidos lubrificantes,ele pensa,com toda convicção. "Eu existo..."

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